Na semana em que se discute (e festeja) a polêmica e questionável morte do terrorista mais procurado do mundo, minha reflexão (como sempre) destoa do pensamento do senso comum. Será que os Estados Unidos são tão diferentes das unidades terroristas?
Não quero discutir se Osama foi Mártir ou Vilão, o que me interessa não é o juízo de valor, mas a comparação qualitativa entre atos. O terrorismo oficial das organizações criminosas seqüestra, mata, realiza atentados e choca a população mundial. O terrorismo oficioso do Tio Sam, impõe (e sobrepõe) cultura, desrespeita as diferenças, delega hierarquias e ainda por cima conquista a admiração das massas.
Os atentados do 11 de setembro mataram 2.996 pessoas e o capitalismo voraz e irracional dá cabo de milhares de pessoas via fome, doenças e violência no mundo. Todas as perdas humanas são irreparáveis e por ambos os lados famílias sofrem. Os “bandidos” se ofendem com o domínio e arrogância dos poderosos e dizem que lutam por uma causa maior, enquanto os “mocinhos” invadem países, excutam civis e afirmam que o capitalismo tem suas próprias leis.
Intolerância, intolerância e mais intolerância. Vagarosamente, instala-se uma guerra ideológica entre oriente e ocidente, dividindo o mundo em dois blocos, tal qual a Guerra Fria. Enquanto presenciamos a guerra do torto contra o mal-feito, sem generalizar, devemos perceber que nem todo americano é presunçoso e canalha e nem todo muçulmano é fanático e terrorista.
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