Enfim, a provinciana Nação que atende pelo nome de Brasil tem reconhecida juridicamente a união civil entre casais do mesmo sexo, entretanto as manifestações contrárias já começaram a se expandir. O julgamento do Superior Tribunal Federal decidiu, com ampla maioria, abrir um precedente para que outros casamentos homoafetivos aconteçam na Nação. Mundialmente, essa não é uma prerrogativa incomum e há tempos já não é tão polêmica assim. Países como Canadá, Espanha, Islândia, Noruega, Holanda e até nossos rivais argentinos já sairam na nossa frente há algum tempo na garantia do direito dessas pessoas que convivem conosco no cotidiano e já são mais de 10% da população mundial e, antes que venham com o pseudo-argumento e digam que estes são países mais abastados e, por isso, com cultura mais flexível e mente mais "aberta", vale lembrar que a não tão abastada África do Sul já mostrou tolerância (provando que grana não é pre-requisito para respeito) e também já reconheceu a união homoafetiva.
Outro argumento que pode ser quebrado é de que o alto índice de religiosidade impede o processo. Espanha e Argentina são países extremamente católicos e, nem por isso, deixaram de integrar a lista.
No momento de debate, deixemos as motivações pessoais de lado e pensemos na coletividade: porque ser contra algo se este algo não vai tirar nada de você e vai fazer alguém feliz? Católicos, evangélicos ou professntes de qualquer outra religião que não reconheça a homossexualidade como prática legítima não têm o menor motivo para se opor ao veredito do STF, pois cada um tem o direito de se aconchegar com quem se sinta mais confortável, além do mais, o Brasil é um país laico (pelo menos isso!) e cada um tem o livre arbítrio de atuação social. Além do mais, religiosidade é amor, alteridade, solidariedade... e não autoritarismo, discriminação e imposição de regras!
Os gays não querem casar na igreja (lugar onde são tão hostilizados), entretanto desejam e necessitam ter seus direitos legais reconhecidos - para isso o casamento civil - para amparar seus fiéis parceiros em caso de falecimento, somar receitas no imposrto de renda, adotar filhos (sim, porque não?), partilhar bens, incluir o (a) cônjuge como dependente, etc.
Gays não são parasitas sociais, consomem, e muito, formando nicho especifico no mercado, e, mesmo assim, frequentemente morrem em vielas públicas por ataques homofóbicos, então porque negar um direito a quem já sofre tanto, e sem motivo? Por convenções e pre(con)ceitos religiosos? Por distorções de opinião? Por conclusões mal-formadas? Será que temos o direito de negar que o outro seja feliz do jeito que lhe convêm pelo simples fato de acreditar que esse não é o meio certo de vida? E qual é o meio certo de vida? O que é bom para mim é bom para todos?
É, acho que me empolguei então melhor ficar por aqui, e lembrem-se do lema: "viver e deixar viver!"
SEJAM FELIZES! E AMEM, MAS AMEM MUITOOOO!
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